Um estudo publicado nesta quarta-feira (21) na revista PLOS Climate indica que a produção de vinho na Europa é a que sofre os piores efeitos do aquecimento global, com altas temperaturas e ondas de calor mais frequentes. De acordo com a pesquisa, a América do Sul apresenta temperaturas médias similares, mas enfrenta menos períodos de calor extremo.
“Constatamos que as mudanças climáticas impactaram todas as regiões (…). De longe, as maiores mudanças, no entanto, ocorrem nas regiões europeias”, diz o texto.
A análise reuniu climatologistas, agrônomos, ecólogos e especialistas em genética da videira de diversos países, como França, Espanha e Estados Unidos. Eles cruzaram os dados climáticos com a fase de crescimento de mais de 500 variedades de uvas.
“Os impactos das mudanças climáticas têm sido altamente desiguais entre as regiões vinícolas do mundo e os impactos são variáveis ao longo da estação de cultivo. Navegar pela melhor forma de adaptar a indústria vitivinícola global às mudanças climáticas exigirá abordar essas complexidades espaciais e temporais”, afirma a publicação.